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segunda-feira, 14 de abril de 2014

PINTURA BARROCA NA ITALIA

  



Sem ter ainda este nome, a pintura barroca começou em Roma com a tumultuada contestação de Caravaggio ali aparecido pela volta de 1590, praticando um claro-escuro, que deu aos seus liderados a denominação de tenebrosi (=os tenebrosos). A pratica então dominante em Roma era a do maneirismo, equilibrando formas de Rafael e de Miguel Ângelo.




Ao mesmo tempo atuava em toda a Itália o prestigio manierista dos Carraci de Bolonha, cuja Academia, entretanto, se inclinou logo também para a diretriz barroca.




Dentre os três Carraci - Anibal, Lodovico, Agostinho - era o primeiro o mais significativo pintor. Desta escola mencionam-se os discípulos mais importantes Guido Reni e Guercino, tendo este último aderido aos pontos de vista de Caravaggio.




A influência de Caravaggio se estende ainda mais amplamente. O Espanhol Ribera encontrava-se em Nápoles e, a partir dele, influenciado por Caravaggio, o barroco penetrou na Espanha.
A influência do novo estilo alcançou Rembrandt na Holanda, através de Honthorst.
Também Rubens transitou por Roma.


 






Caravaggio (1573-1610), cujo nome é Miguel Ângelo Merisi. Fez-se todavia conhecer pelo nome de sua cidade natal, Caravaggio, junto de Milão. Estudou nesta outra cidade. Depois de transitar por Veneza, fixou-se finalmente em Roma, por volta de 1590. Espírito altamente contestador, apaixonado e impulsivo, rejeitou os modelos clássicos antigos, para buscá-los nas tabernas e na natureza.
Não podendo estabelecer-se só por conta própria, trabalhou para o pintor Giuseppe Cesari. Contratado por um Cardeal, realizou também quadros religiosos, todavia as vezes rejeitados, porque na verdade eram modelados pelos homens como eram efetivamente encontrados no meio contemporâneo.
Membro da Academia de São Lucas, parecia que Caravaggio se ia firmando, até que, por causa de suas animosidades, se envolveu num homicídio em 1806, quando teve de refugiar-se em Nápoles, então de domínio Espanhol. Passando à Ilha de Malta, prosseguiu suas criações, para de perecer prematuramente, aos 37 anos.
Obras significativas: Descida da cruz (Vaticano), Morte da Virgem (Louvre). São consideradas obras primas de Caravaggio três telas da Igreja de São Luís dos franceses em Roma: Vocação de São Mateus, São Mateus e o AnjoMartírio de São Mateus.
Adverte-se ainda para Conversão de São Paulo e Martírio de São Pedro, da Igreja de Santa Maria del Popolo em Roma, em virtude do claro-escuro misterioso e os gestos mais violentos verificados naquelas composições.

A expressividade barroca, de realismo cru, contrastando com a idealização da composição harmoniosa de até então, se verifica na Pietá (Vaticana), em lamentação veemente, e na Morte de Maria (Louvre).

Os tipos populares estão manifestos em Baco (Florença), Madona do Rosário (Viena) e Madona dos palafreneiros (Roma), em que, no caso das madonas, os seus veneradores são populares. Também outros personagens bíblicos são apresentados com tipos vulgares.


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