O Renascimento Clássico desenvolveu-se na Alemanha sem ter tido atrás de si aquela tradição de um longo século, como na Itália.Nem teve as mesmas preocupações estéticas da beleza plástica italiana, ocupando-se mais com a beleza do caráter. Apresentou-se com toques românticos e com fisionomia nórdica.As guerras políticas e religiosas impediram o desenvolvimento pleno do Renascimento alemão.
Albert Duerer (Nuremberg 1471-1528), viajando cedo à Itália, assimilou ali os módulos clássicos.
A gravura sobre cobre de Adão e Eva (1504) é uma produção de formas expressivamente clássicas, ainda que se possam ver nelas influências geométricas. Seu Auto-retrato apresenta agradável grandeza e não sem volume pictórico.
881. Holbein (1497-1543) também esteve na Itália renascentista e por último na Inglaterra.Foi retratista de grande conteúdo psicológico. Deixou para a história os retratos interiores de Henrique VIII (1540) e Erasmo.
882. Matias Gruenewald (1460-1528), pintor de profunda paixão interior. Colorista de gloriosa claridade, outras vezes de uma atmosfera abismal de penumbras, estranhamente patética e violenta.Seu expressionismo alcança os temas interiores com clareza abismal, notadamente os religiosos e místicos. O seu famoso retábulo de Isenheim contém detalhes apreciáveis: A Crucificação, São João Evangelista, A Virgem e Madalena.Explorou o realismo repugnante, como se observa em Tentação de Santo Antônio e em Crucificação.
883. Lucas Cranach (1472-1553), conseguiu representar a graciosidade da figura feminina, mal repousando no solo, braços dançantes, cabeça indefinível. É o que se observa em Vênus (Leningrado, 1509).Tornaram-se famosos seus nus sem sensualidade, de que é também um exemplo a mencionada Vênus.Os nus eróticos aparecerão numa outra fase como as Vênus de Roma (Frankfurt, 1532) e Munique, e sua obra Ancião e uma cortesã.Alongou as figuras femininas, para aumento de sua esteticidade, como em Vênus e Amor (Berlim), em que Amor, pelo seu mínimo de altura aumenta a impressão esguia da moça.
Criou também o retrato de Lutero (1529). Assim também de A filha de Lutero (Paris) e O julgamento de Páris (1529).
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