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segunda-feira, 14 de abril de 2014

RENASCENÇA FRANCESA (SÉCULO 16)



A Renascença penetrou na França sob a forma de italianismo, e prosperou sob a proteção oficial, numa época em que a nação se desenvolvia sob o signo do absolutismo de grandes reis.
Principia com a escola de Fontainebleau, onde se construía em 1527 esplêndido palácio, e onde trabalharam os maneiristas italianos Rosso e Primatice, ali chegados em 1531 e 1532. Os nus mitológicos então criados, o foram com fisionomias francesas.
 
Dentre os renascentistas franceses destacam-se Mestre de Flore, que atuou de 1540 a 1560, Francisco Clouet (+1572) e sobretudo Jean Cousin.



 
Jean Cousin, o Pai (+1560), foi o mais o renascentista francês mais expressivo da escola de Fontainebleau.
Criou Eva Pandora (c.1548), a linda primeira mulher da mitologia grega. Esbelta e alongadamente reclinada, se exerce num clima intelectualizado, bem evocado por sua fisionomia francesa.



A concepção associa o drama de Pandora, à qual os deuses ensinaram todas as graças do sexo feminino e que fora mandada a Prometeu com um vaso contendo todos os males, do qual, depois de aberto, dimanaram as desgraças para a humanidade.
A sensação de causa e efeito flui de uma das mãos para a outra, através dos braços e do corpo de Pandora, porque de um lado pousa a mão no vaso e no outro se apóia na caveira. A concepção de Cousin não se reduz ao superficialismo vulgar tão frequente nos nus femininos.
Interpreta-se a Pandora de Cousin como imitação da Venus de Ticiano.

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