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terça-feira, 15 de abril de 2014

PLASTICISMOS: CUBISMO, FUTURISMO E OUTROS




Redestacando o desenho contra o impressionismo e o expressionismo pictórico, diversos movimentos, por vezes isolados, mas afins nos objetivos de base se desenvolveram no contexto da pintura contemporânea, sem todavia abandonar o anticlassicismo generalizado.
Teoricamente correlatos entre si são o pensamento do cubismo, futurismo, construtivismo, suprematismo, neoplasticismo, concretismo . Todos estes movimentos da pintura têm em comum a importância do desenho, não obstante romperem a figura natural do objeto, com vistas a atingirem o mais, que a vista não atinge diretamente, mas se sabe acontecer.

CUBISMO


Cubismo (1907 em diante), historicamente, é aquele aquele estilo que se iniciou pela volta de 1907, como um movimento a que então estavam ligados os nomes de Georges Braque (1882-1963) e Pablo Picasso (1881-1973), com uma primeira exposição em 1911.
O primeiro teórico do cubismo foi Guillaume Apollinaire (1886-1918) desde a primeira exposição, em 1911, em cujo catálogo apresentou o Prefácio: As três virtudes plásticas. Também em 1911 se referiu-se a primeira vez em termos de "quarta dimensão" para dizer do espaço pictural cubista.
Em 1912 apareceu um primeiro livro dedicado ao movimento Do cubismo (Du cubisme), em que aparecem análises de Gleizes, Metzinger, Kahnweiler.
Em outro livro Kahnweiler O caminho do cubismo (1920), o autor situou a origem do cubismo em As donzelas de Avignão (1906).


GUILLAUME APOLINAIRE




A definição formal do cubismo é a de que a expressão não somente poderá indicar o que se vê, mas também o mais que se sabe do objeto.


A expressão do algo mais que se sabe do objeto pode resultar em modificações da estrutura do mesmo, quando expresso. Então pode a expressão do objeto assumir aspecto de cubos e cilindros. Este gerou a denominação, usada a primeira vez em 1908, por Matisse).
Mas, não é por este eventual aspecto exterior que o cubismo se define, mas por aquela extensão transvisual do objeto expresso.
O princípio cubista sempre dominou a arte da linguagem. Efetivamente, a composição frasal expressa o objeto a partir do que se sabe dele, e não somente a partir do que oferece um ou mais sentidos. O romance pode ser escrito não só a partir do personagem que se vê, mas também do que se sabe mais, inclusive a partir do que se imagina estar sendo raciocinado na mente dele. O autor literário é um omnisciente.


O mesmo procedimento da linguagem, quando empregado nas artes visuais, gera o cubismo. É pelo contexto, que uma expressão pode ultrapassar a si mesma. Todavia o contexto não esgota a totalidade do expressável. Alguma forma nova poderá conduzir avante a dimensão do conteúdo expresso. É então que o rompimento da figura natural se torna um recurso.
Efetivamente, porém, houve sempre algum cubismo ao longo da história da pintura. O classicismo tem alguma relação com o cubismo porque impõe ao objeto algo mais, que o artista supõe saber dele: o modelo ideal a que os objetos individuais se subordinam e procuram realizar como seu termo final de chegada. Todavia o cubismo clássico depende da existência de um modelo absoluto, no qual o filósofo racionalista acredita. Em consequência, o cubismo clássico é próprio de um espírito de época, como o do primeiro período do pensamento moderno.
O cubismo não clássico é aquele que introduz na expressão outros elementos que se sabe haver no objeto como sua extensão transvisual. Até mesmo num simples objeto podemos desejar saber, ao mesmo tempo, o que está dentro e o que está fora, na frente, atrás, em cima e embaixo.
Com referência ao caráter geometricista do cubismo, devemos ponderar que a técnica de expressar o não visual é aquela do abstracionismo em geral. Consiste em evitar as figuras naturais, porque estas sempre encaminham a atenção, por efeito da mimese perfeita, a algo concreto.


A figuração exótica, como a geométrica e feita como que a machado, alheiando-se da figuração habitual dos objetos, cria um contexto mais operacional para expressar o abstrato, bem como tudo o mais que a face intuitiva dos objetos não oferece. Alguma figuração sempre tem de haver, porque as artes visuais operam, por definição, com ela. Mas, é preciso mediante certas figuras menos naturais criar o contexto que conduza a aquilo tudo o mais do transvisual.


Atento, pois, às perspectivas intelectuais do objeto, o cubismo separa as diversas partes do mesmo, oferecendo-as de frente, sob a observação direta do apreciador. Dali resulta o aspecto quebradiço e anguloso do objeto. Justapostas as partes ocultas aos olhos, com as que de natureza já se mostram, o objeto como que se abre em uma vitrine de exposição. Para consegui-lo, o cubismo afasta algumas das áreas já conhecidas, pondo em seu lugar as ocultas.


Teoricamente correlatos ao pensamento cubista estão o futurismo, o construtivismo, o suprematismo, o neoplasticismo, porque acrescentam algo de transvisual ao objeto expresso, e que intelectualiza a expressão.
Não principiou, pois, o cubismo com uma teoria geral, senão com algumas assertivas bem definidas, como a de que o objeto visual poderia expressar mais do que seu aparecer diante dos olhos.
Pouco antes dizia Cézanne (+1906), que a natureza deveria ser representada "a partir do cilindro, da esfera, do cone, tudo posto em perspectiva, de modo que cada lado de cada objeto, de cada plano, se dirija para um ponto central".


Ora, dele se fazia uma retrospectiva em outubro de 1907, ano em que aparece o quadro de Picasso, que se aponta como ponto de partida do cubismo: As donzelas de Avignon (Les demoiselles d’Avignon, Nova Iorque, 1907).



É também próprio do cubismo expressar o transvisual pela fuga à figuração natural. No jogo destes dois elementos se processou a arte cubista. Quem não estiver atento aos dois elementos ao mesmo tempo poderá não compreender as variações do próprio Picasso, principalmente quando este faz aproximações com o figurativismo e o classicismo. Efetivamente, aquele o mais, o transvisual, não conta exclusivamente como recurso de expressão a fuga do figurativismo natural. Outras formas são possíveis, como a do simples contexto, para expressar aquele tudo o mais.
Para o cubismo, portanto, o artista expressa de maneira omnisciente, combinando o visual como o intelectual. Por isso, o objeto da obra de arte se encontra como que desdobrado, pois há aquelas perspectivas que são acessíveis à mente e não aos olhos. Neste particular, o cubismo é radicalmente o contrário do impressionismo, o qual somente expressa ao objeto como se apresenta ao primeiro intuito dos sentidos.
Para a inteligência o objeto admite dois momentos de consideração, o concreto e o abstrato. No caso do concreto, a parte compreendida exclusivamente pela inteligência e não alcançada pelos sentidos, é um objeto do cubismo concreto. Aquela outra parte, puramente abstrata é um objeto do cubismo abstrato. Percebe-se por esta distinção que é possível um cubismo concreto, tanto quanto um cubismo abstrato. Não é, portanto, o cubismo necessariamente um abstraccionismo.
O cubismo, embora não seja um realismo ótico, admite ser um concreto intelectual. Finalmente, uma consideração frente à questão de um parâmetro ideal, o concreto intelectual do cubismo poderá ser visto, ora idealisticamente, como procederia um cubismo classicista idealizador do objeto, ora realisticamente, como operaria um cubismo não classicista realista, e não um cubismo classicista.
O cubismo histórico, que nasceu em 1905 é um cubismo realista, tanto o cubismo abstrato, como o cubismo concreto. O transvisual é o de um objeto não idealizado. Neste particular o cubismo se encontra na mesma tradição do impressionismo. É portanto o cubismo um impressionismo ao qual se somou o transvisual, sem idealização frente a parâmetros eternos.




Pablo Picasso (1881-1973), pintor cubista espanhol, talento precoce com passagem pelas Escolas de Belas-Artes de Barcelona e Madrid, estabeleceu-se em Paris a partir de 1904, onde desde antes já estava em estreita colaboração com George Braque, o coofundador do movimento cubista..
De 1900 a 1906 se desenvolveram as duas fases de Picasso denominadas azul e rosa, em função às tonalidades dominantes representam as influências pós-impressionistas recebidas de Picasso em Paris, porquanto sua fase espanhola ainda é realista.
Evoluindo destas formas maneiristas, Picasso chegou aos traços fortes do cubismo de As donzelas de Avignão (Nova Iorque, 1907). Em Cannes, este seu As donzelas de Avignão foi o primeiro grande sucesso de Picasso. Interpreta-se este quadro, como ainda bastante naturalista, e como deformações da arte ibérica pré-romana.
Atinge os rompimentos de superfície finalmente no cubismo analítico, como em O guitarrista (Paris, 1910).
Em 1913 praticou colagens, transitando para um cubismo chamado sintético.
Depois da visita a roma (1917) ficou sob influência clássica que se manifesta na estilização, levando ainda seu cubismo inicial para além dos anos 1920. Desta fase se apreciam Compoteira e violão (1924), A dança (Londres, 1924). É semi-abstrato em O pintor e o seu modelo (1927).
Após 1930 é um quase neo-clássico dentro do cubismo, porque decorativo, rítmico, curvilíneo, quase narrativo, criando neste procedimento estilístico sua obra mais famosa Guernica (Prado, 1936; é quadro ao mesmo tempo cubista, expressionista, surrealista). Picasso não se subordinava a um estilo. Pintava, fazendo o estilo como resultância. E seu modo de pintar eventualmente aconteceu ser aquele, mais ou menos coerente com a definição do cubismo.



Georges Braque (1882-1963), pintor cubista francês, dos mais significativos pela qualidade de seu desenho. Nascido em Argenteuil, perto de Paris, onde deram tantos acontecimentos de início da renovação da pintura moderna, foi ele que complementou o impressionismo e o fovismo com a solidez do desenho, introduzindo também a expressão geometrizada. Esteve a partir de 8 anos no Havre, vindo em 1900 para Paris.
Ganhou notoriedade seu Nu (Paris, 1907) já em estilo cubista. Desde então juntamente com Picasso, promoveu o cubismo, dentro de um novo conceito de espaço distinto da perspectiva naturalista vigente desde a Renascença.
São deste período: Homenagem a J.-s. Bach (Paris, 1912, Clarinete (Nova Iorque, 1913), Violão (Nova Iorque, 1914).
Convocado para a guerra, voltava em 1917, ferido. Desde então passou a um estilo menos técnico, do ponto de vista cubista, agora com um desenho menos anguloso, mais de acordo com a sobriedade tradicional francesa.
Criou neste neste período Caniphores (mulheres com braçadas de frutas), Cheminées (consoles de lareira, com frutas e violões), Guéridons (mesinhas de um pé só com objetos).
Mais tarde ainda as séries: Billards e iseaux
Como técnica nova Braque introduziu na pintura a inclusão de caracteres tipográficos, de que O português (1911) é um primeiro exemplo.
Usou também a técnica da colagem de papéis e tecidos diretamente sobre a tela. Houve que chamasse isto uma revolução do cubismo na arte. Como colagem aprecie-se Tabuleiro de damas (Paris, 1913).
Depois de 1930 Braque acentuou o grafismo, enriqueceu as cores, amenizou os relevos. Criou agora figuras humanas de duas faces. São destaques mais recentes da pintura de Braque: O pintor e seu modelo, com duas faces (Nova Iorque, 1939), O atelier (Paris, 1949).

FUTURISMO


Futurismo (1909), como movimento artístico, foi literário e também das artes plásticas.
A definição do futurismo é a de o objeto, por ser dinâmico, deve ser apresentado com a atmosfera movente que o envolve e não apenas como é esteticamente. Na intenção de apresentar este algo mais, o futurismo se assemelha com as teses do cubismo. Na pintura a semelhança se mostra claramente.


Para expressar o algo mais, que é o movimento, o futurismo defendeu como técnica a multiplicação dos aspectos visuais da coisa em movimento. Em consequência há um rompimento da figura, como acontece também no cubismo.


A diferença de temática exercida pelo cubismo, fez com que este explorasse os objetos estaticamente, ao passo que o futurismo o mesmo objeto dinamicamente. Não é essencial ao cubismo ser estático; os temas que explorou foram os estáticos, como por exemplo, a representação simultânea do dentro e do fora do mesmo objeto. Essencialmente, o antes e o depois da temporalidade do movimento constitui um tema tão mental, quanto os demais temas do cubismo. Efetivamente, só a mente poderá imaginar que o movimento possui dois tempos; no presente há somente uma só figura da coisa.


Poder-se-ia buscar uma denominação mais genérica e que possa integrar num só conceito o cubismo histórico e o futurismo histórico a partir de um significado semântico da palavra. Do ponto de vista meramente semântico, cubismo indica a característica exterior que a expressão assume ao expressar o transvisual. Por sua vez, futurismo, do ponto de vista semântico indica um dos temas transvisuais mais significativos, o movimento. Por extensão semântica é que um e outro termo vai significar a totalidade da envolvida. Note-se todavia que o cubista Georges Braque nos seus últimos anos se ocupava com pintura de pássaros voando, na série Oiseaux e em O Atelier.



Há um acerto na postulação do tema do futurismo, que é o movimento que se tornou tão presente em nossos dias. As técnicas do futurismo é que poderão merecer críticas. Certas em parte, e talvez deficientes em parte, como um todo são aperfeiçoáveis. Cubismo, futurismo e todas as formas derivadas são movimentos essencialmente válidos, e nesta perspectiva são de validade consolidada.




988. Manifesto futurista de Marinetti. Nasceu o futurismo oficialmente em 20 de fevereiro de 1909, quando o escritor de língua italiana Marinetti (1876-1944), nascido no Egito e formado em Paris, publicou um Manifesto Futurista literário em "Le Figaro" conhecido órgão da imprensa da capital francesa:
"Sabeis que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma coisa nona: a beleza da velocidade. Um automóvel, com seu corpo ornado de tubos como serpentes explosivas, um automóvel que ruge e parece correr sobre a metralha, é mais belo que a Vitória de Samotrácia... cantaremos os motores, as multidões, as vibrações noturnas dos arsenais, as fábricas, as pontes e os vapores aventureiros, as locomotivas, o vôo dos aeroplanos".
No ano seguinte, 1910, foi lançado o Manifesto dos artistas plásticos da Itália, proclamando uma renovação das artes, subscrito por Umberto Boccioni, Carlo Carrá, Luigi Rossolo, Giacomo Balla, Gino Severini. Dizem os manifestantes:
"A arte só é vital quando integrada em seu meio.
Nossos antepassados retiraram a matéria de sua arte da atmosfera religiosa, que lhes pesava sobre a alma, enquanto a nós cabe buscar inspiração no milagre tangível da vida contemporânea, na metálica rede de velocidade que envolve a terra, nos cabos submarinos, nas belonaves das esquadrilhas maravilhosas que sulcam o céu, na obscura bravura dos navegadores submarinos, na dura luta pela conquista do desconhecido.
E como poderíamos ficar indiferentes à vida febril das grandes metrópoles modernas, à psicologia da vida noturna, às figuras inquietas do viveur, cocotte,do apache e do toxicômano?" (trad.port.in supl. do Jornal do Brasil, 1-8-1959, F.G.).





UMBERTO BOCCIONI






LUIGI ROSSOLO



GIACOMO BALLA



GINO SEVERINI



A técnica futurista para representar o movimento está influenciada pela sua própria maneira de encarar o movimento como um concreto absoluto. Deixa então em segundo plano a semelhança figurativa do objeto, para atender ao movimento em si mesmo, mediante linhas de força e planos de luz.
É característico haver Boccioni denominado a uma de suas telas, com planos de luz e cor, Linhas de força de uma rua.
De Marcel Duchamp são curiosos os títulos Nu descendo uma escada (Filadélfia, 1913), Noivos no trem (idem), com ausência do figurativo natural, exprimindo apenas o dinamismo de uma tal situação.
Sobre a maneira de conceber o movimento, e sobre a maneira de o representar em obra de arte, dizia o Manifesto técnico futurista de 11-4-1910:
"Nossa sede de verdade não se aplacará pela forma e pela cor tradicionais! Para nós, um gesto não será mais um momento imobilizado dentro do dinamismo universal: será definitivamente sensação dinâmica mesmo... Tudo se move, tudo corre, tudo gira. Um rosto nunca está passivamente parado diante de nós, mas aparece e desaparece incessantemente.


Graças à persistência das imagens na retina, as formas em movimento se multiplicam, deformam-se, sucedem-se uma à outra, como vibrações no espaço em que se deslocam. Por isso, um cavalo correndo não tem quatro pernas; tem vinte, e seus movimentos são triangulares. As dezesseis pessoas que estão à sua volta num bonde em movimento são uma, dez, quatro, três: elas estão paradas e se movem; vão e vem, ressoam ao longo da rua, são devoradas num jato de luz solar, detêm-se de novo - símbolos persistentes da vibração universal.


E às vezes na maçã do rosto da pessoa com quem conversamos, na rua vemos um cavalo que passa distante. Nossos corpos penetram o divã em que nos sentamos e o divã penetra-nos os corpos, do mesmo modo que o bonde deslocando-se entre as casas precipita-se sobre elas, que, por sua vez, caem em cima dele e a ele se fundem...
Os pintores nos têm sempre mostrado figuras e objetos arrumados à nossa frente. Nós colocamos o espectador no centro do quadro.
Proclamamos... que o dinamismo universal será interpretado como sensação dinâmica; que o movimento e a luz destroem a substância dos objetos.
Lutamos... contra o arcaísmo superficial e elementar baseado nas cores planas que reduzem a pintura a uma síntese impotente, infantil e grosseira; contra o nu em pintura que se tornou tão tedioso e nauseante quanto o adultério em literatura. Somos os primitivos de uma sensibilidade nova e radicalmente transformada" (trad. publicada no supl. dominical, Jornal do Brasil, F.G., 1-8-1959).




Merecem destaque alguns pintores do futurismo italiano.
Carlo Carrà (1881-1966). Nascido em Alexandria, mas estabelecido na Itália, destacou-se com as obras futuristas: Enterro de um anarquistaA musa metafísicaPenélopeCanal.




Giàcomo Balla (1881-1958). Futurista italiano, mantendo-se no movimento até 1930. É notável pelo seu movimento O cão atrelado. Outros quadros:Sensibilidade transformada no espaço empírico (1916, Roma), Incêndio da cidade (1924, Roma).


Umberto Boccioni (1882-1916). Futurista italiano, um dos mais destacados do estilo, criador do procedimento denominado linha de força.
Famosos: Busto de mulher (Galeria de Arte Moderna, Milão, 1912), com técnica facetada à semelhança do cubismo, todavia com destaque do movimento;Il bevitore (O bebedor) (Milão, 1912), Decomposição de uma figura na mesa (Milão, 1912), Desmembramento de uma garrafa no espaço (1912, Nova Iorque), Formas únicas na continuidade do espaço (1913, ibidem).

 



Gino Severini (1883-1966). Futurista italiano, em Paris desde 1916, onde atuou. Seus quadros futuristas contêm elementos cubistas, e mais tarde se passou ao neoclassicismo.



Marcel Duchamp (1887-1968). Pintor futurista francês, com passagem por Nova Iorque. Famosos: Nu descendo a escada (1913, Museu de Filadélfia), Noivos no trem (Idem). Antecipou alguns aspectos do surrealismo.


Nos Estados Unidos o futurismo teve presença com Marcel Duchamp (já; citado) e influenciou as criações de Joseph Stella, Lyonel Feininger (1871-1956), este a partir de 1920.


JOSEPH STELLA


LYONEL FININGER

Na Rússia também foi praticado o futurismo e teve formas, como o raionismo.
Tiveram destaque Mikhail Larionov e sua esposa Natália Gontcharova (1881-1962). Estabelecidos em Paris, desde 1912, criaram uma arte sob influência do cubismo e com temática do folclore russo.


MIKAIL LARIONOV






A Optical Art (Op Art) se caracterizou pela matéria utilizada como instrumento de expressão: efeitos de luz no espaço


Nasceu na área de abstracionismo formal, do concretismo, do construtivismo, desenvolvendo-se na França e Estados Unidos, logo também na Suíça, Itália, Inglaterra, Argentina, Brasil, Venezuela, Canadá.


Considera-se pioneiro da Op Art , Victor Vasareli. Nascido em 1908, em Peca, Hungria, transferiu –se para, em 1930. Preparado em desenho, arquitetura e artes gráficas, conheceu os elementos matemáticos e o material que a nova arte requer.


VICTOR VASARELI


Como arte, a Op art explora os elementos estéticos contidos no ritmo, variação de luz, harmonia das diferentes perspectivas óticas oferecidas por um objeto sob a ação da luz.
Do ponto de vista temático, as situações óticas poderão limitar-se ao meramente formal do ritmo e da harmonia dos elementos que se oferecem. Mas, poderão ainda ser portadores de expressividade subjetiva.


Tem-se afirmado que Vasareli imprimiu preocupações humanas em sua Optical Art, pelo menos mais do que os americanos que expuseram em 1965, na VIII Bienal de São Paulo (Larry Bell, Barnet Newman, Larry Poons, Frank Stella).


LARRY BELL



BARNET NEWMAN (VENDIDA POR 44 MILHÕES DE DÓLARES EM NY


LARRY POONS


FRANK STELLA


Brasileiros da Op Art (com exposição na VIII Bienal): H. Barsetti, H. Kuhn, R. Ludolf, A. Palatnik, Ana Saule, Décio Vieira, Lothar Charoux.



A. PALLATINICK


  

LOTHAR CHAROUX

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